REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE
REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE
Diretriz
3/2008/IVGC/MS
KONA BA APROVISIONAMENTU IHA MINISTÉRIU SAÚDE
Haré ba nesesidade atu implementa programa saúde tuir Orsamentu Jeral Estadu (OJE) nebé aloka ba Ministériu Saúde (MS),
Kaer tuir ba Dekretu-Lei Nº10/2005, kona ba Aproviziona-mentu,
Ministru Saúde, determina atu sai hanesan diretriz, buat hirak hanesan tuir mai nee:
1. Prosedimentu aprovizionamentu no kontratu hotu-hotu tenki tuir lei no regulamentu nebé vigora. Wainhira presiza dispensa ka esesaun ruma, tenki husu desizaun husi Ministru Saúde.
2. Autoridade atu asina dokumentu ofisial hotu kona ba aprovizionamentu desentralizadu iha Ministériu Saúde mak Diretor Nasional Administrasaun, Lojistika i Aprovizionamentu. Wainhira Diretor nasional ida nee sei dauk nomeia karik, Diretor Nasional Administrasaun, Finansas, Lojistika i Aprovizionamentu mak sei halao funsaun ida nee.
3. Prosesu tekniku-administrativu hotu nebé relasiona ho aprovizionamentu sai hanesan responsabilidade husi Departamentu Aprovizionamentu, inklui halao no mantein arkivu kompletu kona ba prosesu aprovizionamentu no kontratu hotu-hotu.
4. Wainhira prepara kadernu enkargu/espesifikasaun, Departamentu Aprovizionamentu tenki husu Servisu/Departamentu/Divizaun/Unidade teknika nebé iha, atu prepara espesifikasaun, tuir ida-idak nia espesialidade, ka tuir beins, servisu, kapital menor ka obra nebé tama iha ida-idak nia orsamentu.
5. Siklu aprovizionamentu tenki halao hanesan tuir mai nee:
5.1. Wainhira Orsamentu Jeral Estadu ba Ministériu Saúde hetan ona aprovasaun, Departamentu Aproviziona-mentu tenki hola inisiativa hodi servisu hamutuk ho Departamentu Finansas, atu prepara Planu Aprovizio-namentu anual ida, nebé tenki hetan aprovasaun husi Ministru Saúde. Planu ida nee tenki inklui:
5.1.1 Item nebé atu halao aprovizionamentu;
5.1.2 Total orsamentu nebé aloka ba item ida nee;
5.1.3 Metodu aprovizionamentu ida nebé mak sei uza, tuir lei no regulamentu nebé vigora;
5.1.4 Kalendáriu implementasaun ba aprovizionamen-tu nee;
5.1.5 Kalendáriu ba ezekusaun kontratu too servisu hotu, no halo pagamentu final.
5.2. Wainhira planu hetan ona aprovasaun husi Ministru Saúde, Departamentu Aprovizionamentu hahú mobiliza entidade sira nebé hatudu ona iha pontu 3 diretriz ida nee, atu hahú prepara kadernu enkargu/espesifikasaun;
5.3. Wainhira kadernu enkargu/espesifikasaun prontu ona, Departamentu Aprovisionamentu tenki kordena ho Komisaun Permanente ba Aprovizionamentu iha Ministériu Saúde, nebé sei define iha pontu balun tuir mai, hodi hahú prosesu aprovizionamentu.
6. Komisaun Permanente ba Aprovizionamentu iha Ministériu Saúde sei iha kompozisaun hanesan tuir mai nee:
6.1. Diretor Nasional Administrasau, Lojistika i Aproviziona-mentu;
6.2. Membru permanente ida nebé Ministru Saúde hatudu;
6.3. Membru permanente ida husi Departamentu Finansas;
6.4. Membru permanente ida husi Departamentu Aprovizio-namentu;
6.5. Membru permanente ida husi Departamentu Lojistika;
6.6. Membru variável ida husi Servisu/Departamentu/Di-vizaun/Unidade nebé iha koñesimentu tekniku kona ba espesifikasaun item nebé atu halao aproviziona-mentu ba;
6.7. Membru variável ida husi Servisu/Departamentu/Di-vizaun/Unidade nebé sai benefisiariu ba item nebé atu halao aprovizionamentu ba;
7. Komisaun Permanente ba Aprovizionamentu iha Ministeriu Saúde sei hetan nomesaun:
7.1. Liu husi Despaxu Ministru Saúde, ba membru permanente sira. Iha Despaxu nee sei temi kedas se mak prezide komisaun nee;
7.2. Liu husi ofisiu husi prezidenti komisaun, ba membru variável sira;
8. Komisaun Permanente ba Aprovizionamentu iha Ministériu Saúde iha mandatu durante tinan fiskal tomak atu :
8.1. Deside kona ba konvite nebé tenki foo sai ba konkursu hotu-hotu;
8.2. Halo avaliasaun ba konkursu hotu nebé tama, hafoin foo rekomendasaun ba Ministru Saúde kona ba adjudikasaun kontratu;
8.3. Hafoin autoridade nebé define ona, asina tiha kontratu, superviziona no monitoriza ezekusaun kontratu;
8.4. Superviziona no monitoriza pagamentu nebé Ministériu Saúde tenki halo;
8.5. Aprezenta relatóriu regular ba Ministru Saúde kona ba ezekusaun planu aprovizionamentu no ezekusaun kontratu hotu nebé iha hó kopia ba Vise-Ministru Saúde, Inspetor Gabinete Inspesaun, Fiskalizasaun no Auditoria (GIFA), no mós Diretor-Jeral Ministério Saúde.
9. Durante ezekusaun kontratu:
9.1. Departamentu Aprovizionamentu kontinua halao ninia funsaun tekniku-administrativa;
9.2. Departamentu Lojistika iha responsabilidade atu foo sai sertifikadu resesaun no inspesaun, tuir desizaun Komisaun Permanente, hodi bele halo pagamentu;
9.3. Departamentu Finansas iha responsabilidade atu prosesa pagamentu tuir kontratu nebé iha, hafoin simu tiha fatura (invoice) no sertifikadu resesaun no inspesaun;
9.4. Servisu/Departamentu/Divizaun/Unidade nebé sai benefisiáriu ba kontratu, iha responsabilidade atu monitoriza mós ezekusaun kontratu, hodi mós konfirma katak kontratu halao tuir duni ona termus no kondisoes nebé define iha kontratu laran, molok Komisaun Permanente hola desizaun final atu halao prosesu pagamentu. Atu bele halao funsaun ida nee didiak, sira tenki iha kópia husi kontratu nebé iha.
10. Manutensaun no reparasaun veikulus Ministériu Saúde nian, tenki halaó tuir Diretriz Nº01/2006/IIGC/VPM-MS, ho data 11 Setembru 2006.
11. Aprovizionamentu ba aimoruk, vasina, reajenti, konsumivel seluk, no ekipamentu mediku, sei halao iha SAMES, tuir mekanismu nebé sei define ketak.
12. Dokumentu ka korespondensia hotu nebé relasiona ho aprovizionamentu eh kontratu tenki halo, wainhira bele, iha língua Tétum.
13. Wainhira iha dúvida ruma kona ba konteúdu ka implementasaun diretriz ida nee, bele husu esklaresi-mentu ba Diretor Nasional Administrasaun, Lojistika i Parovizionamentu, eh wainhira Diretor Nasional nee sei dauk hetan nomesaun karik, bele husu esklaresimentu ba Diretor Nasional Administrasaun, Finansas, Lojistika i Aprovizionamentu.
Dili, 4 Fevereiru 2008,
DR Nelson Martins, MD, MHM, PhD
Ministru Saúde
REGULAMENTO INTERNO DO HOSPITAL DE REFERÊNCIA DE MALIANA
O Estatuto Hospitalar aprovado pelo Decreto-Lei Nº1/2005 de 31 de Maio é o diploma que legisla o regime jurídico aplicável aos hospitais do Serviço Nacional de Saúde, sem prejuízo de, em regulamento interno se estabelecerem regras especiais adequadas às especialidades de cada um e de, transitoriamente, se admitirem outras normas de gestão e funcionamento adequadas à dimensão actual de algumas destas instituições.
Assim, sob proposta do Conselho de Administração do Hospital de Referência de Maliana, o Ministro da Saúde, nos termos da alínea c) do nº1 do artigo 4º do Decreto-Lei Nº1/2005 de 31 de Maio, sobre o Estatuto Hospitalar, aprova o seguinte:
CAPITULO I
Disposições Gerais
Artigo 1º
Objecto
O presente regulamento interno visa pôr em prática o estatuído no Decreto-Lei Nº1/2005, de 31 de Maio, sobre o Estatuto Hospitalar, organizando o funcionamento dos diversos órgãos e serviços do Hospital de Referência de Maliana, adiante designado por HRMLN.
Artigo 2º
Natureza Jurídica
O HRMLN é uma pessoa colectiva de direito público dotado de personalidade jurídica e de autonomia administrativa, financeira e patrimonial integrando na rede de prestação de cuidados secundários do Serviço Nacional de Saúde, adiante designado por SNS, cuja capacidade jurídica abrange todos os direitos e obrigações necessários ao cumprimento das suas atribuições.
Artigo 3º
Missão
A missão do HRMLN é a de prestar cuidados hospitalares de qualidade à população da sua área de influência, e a cada um dos doentes que o procuram, assegurando em simultâneo, o desenvolvimento profissional dos seus colaboradores, num quadro de eficiência e eficácia.
Artigo 4º
Valores
1- No desenvolvimento da sua actividade o HRMLN e os seus colaboradores regem-se pelos seguintes valores:
a) Respeito pela dignidade humana;
b) Qualidade, assegurando os melhores níveis de resultado e de serviço;
c) Cortesia Professional, tanto no relacionamento com os utentes, como com os colegas de trabalho.
2- Os princípios estruturais e duradouros que guiam o compor-tamento e a actuação do HRMLN são:
a) Atitude centrada no doente e na promoção da saúde da comunidade;
b) Cultura de excelência técnica;
c) Cultura interna de multidisciplinaridade e do bom relacionamento no trabalho.
Artigo 5º
Objectivos
Para satisfazer a sua missão o HRMLN pauta-se pela prossecução dos seguintes objectivos:
1- Prestação de cuidados de saúde de qualidade, acessíveis em tempo oportuno;
2- Aumento da eficiência e eficácia, num quadro de equilíbrio económico e financeiro sustentável;
3- Desenvolvimento de áreas de diferenciação e de referência na prestação de cuidados de saúde;
4- Implementação de projectos de prestação de cuidados de saúde em ambulatório e ao domicilio, para minimizar o impacto da hospitalização;
5- Melhoria continua;
6- Promoção da investigação e da formação profissional.
Artigo 6º
Legislação aplicável
O HRMLN rege-se pelo presente regulamento interno, pelo Estatuto Hospitalar, pelas normas do SNS e, subsidiariamente, pelas normas aplicáveis aos organismos da Administração Pú-blica dotados de autonomia administrativa, financeira e patrimonial.
Artigo 7º
Área de influência
1- O HRMLN tem como área de influência o Distrito de Bobo-naro, os Subdistritos de Atasabe e Hatulia no Distrito de Ermera e o Subdistrito de Maubara no Distrito de Liquiça, constituindo o centro de referência de cuidados secundários para os Centros de Saúde situados nas referidas áreas geográficas.
2- O disposto no nº1 não prejudica o direito de liberdade de escolha reconhecido aos doentes, assim como o dever geral de colaborar com as restantes unidades prestadoras de cuidados de saúde da rede do SNS.
CAPÍTULO II
Composição, competência e funcionamento dos órgãos do HRMLN
Artigo 8º
Norma geral
A composição, competência e funcionamento dos órgãos do HRMLN cumprem o estipulado nos artigos 7º ao artigo 27º do Estatuto Hospitalar.
Artigo 9º
Normas específicas
1- O funcionamento do conselho de administração rege-se pelos seguintes:
a) As reuniões do conselho de administração são con-vocadas e presididas pelo presidente do conselho de administração do HRMLN, podendo também ser convocados por solicitação de dois membros do con-selho de administração ou do fiscal único;
b) Tais reuniões obedecem a uma ordem de trabalho e têm uma periodicidade semanal, salvo se convocadas extraordinariamente;
c) De cada reunião é elaborada uma acta, a aprovar na reu-nião seguinte, e deve ser devidamente assinada pelos presentes;
d) Nas deliberações o presidente tem voto de qualidade;
e) O conselho de administração pode convocar para suas reuniões, sem direito de voto, responsáveis dos diver-sos departamentos e unidades funcionais, em função das matérias a tratar.
2- Enquanto não for nomeado o fiscal único, o Gabinete de Inspecção, Fiscalização e Auditoria do Ministério da Saúde deve exercer a fiscalização preventiva dos actos do HRMLN.
3- A constituição e funcionamento dos órgãos de apoio técnico devem ter em consideração o tamanho do HRMLN, salva-guardando sempre a necessidade de assessoria ao conselho de administração, sendo imprescindível a existência das comissões médica, de enfermagem e de ética, que devem funcionar nos termos do estatuído no Estatuto Hospitalar e, sempre que possível, analisar em conjunto e com frequência semanal:
a) Casos de morbilidade e mortalidade;
b) Questões relacionadas à qualidade técnica dos serviços e propor medidas correctivas necessárias ao conselho de administração.
4- Em conformidade com a alínea c) dos nºs 1 e 2 do artigo 4º, devem fazer parte dos órgãos de apoio técnico estipulados no nº2 deste artigo, os profissionais de saúde trabalhando no HRMLN, independentemente das suas nacionalidades.
CAPITULO III
Organização e funcionamento dos serviços do HRMLN
Secção I
Serviços assistenciais
Artigo 10º
Departamentos dos Serviços Assistenciais
1- Sem prejuízo dos dispostos nos artigos 28º, 29º e 30º do Estatuto Hospitalar, e tendo em conta a sua diferenciação, os serviços assistenciais do HRMLN agrupam-se nos seguintes departamentos:
a) Departamento dos Serviços Ambulatórios;
b) Departamento dos Serviços de Urgência;
c) Departamento dos Serviços de Cirurgia, Obstetrícia e Ginecologia;
d) Departamento dos Serviços de Pediatria e Medicina Interna.
e) Departamento dos Serviços de Apoio Médico-Clinico.
2- Os departamentos dos serviços assistenciais mencionados nas alíneas a, b, c e d, dispõem de um enfermeiro-chefe que responde pelos serviços de enfermagem ao Director de Enfermagem.
Artigo 11º
Departamento dos Serviços Ambulatórios
1- São atribuições do Departamento dos Serviços Ambulató-rios:
a) Prestar cuidados ambulatórios nas áreas clínicas gerais e especializadas, nos termos do Pacote Básico de Cuidados Hospitalares, adiante designado PBCH;
b) Providenciar cuidados primários de prevenção, promo-ção e educação à saúde nos termos do PBCH.
2- O Departamento dos Serviços Ambulatórios compreende, designadamente, as seguintes unidades funcionais:
a) Unidade de Consulta Geral, ao qual é atribuída, entre outras, a responsabilidade de providenciar, no âmbito do PBCH, o diagnóstico e tratamento ambulatório bem como educação à saúde aos doentes e seus familiares em áreas de clínica geral, e quando necessário, em áreas especializadas disponíveis no HRMLN, incluindo doenças contagiosas como a tuberculose, HIV/SIDA e lepra, e doentes de saúde mental.
b) Unidade de Saúde Materno Infantil, ao qual é atribuída, entre outras, a responsabilidade de providenciar, no âmbito do PBCH, o diagnostico e tratamento ambulatório de doenças, vacinas e educação à saúde aos doentes de pediatria e seus familiares, bem como cuidados pré e pós natais às grávidas, às mulheres em período de puerpério, incluindo educação sobre amamentação e conhecimentos básicos de nutrição.
c) Unidade de Estomatologia, ao qual é atribuída, entre outras, a responsabilidade de providenciar, no âmbito do PBCH, o diagnóstico e tratamento ambulatório às doenças bucais bem como a educação à saúde oral aos doentes e seus familiares.
Artigo 12º
Departamento dos Serviços de Urgência
1- São atribuições do Departamento dos Serviços de Urgência:
a) Prestar cuidados de emergência nas áreas clínicas gerais e especializadas, nos termos do PBCH, incluindo intervenções para estabilização de doentes antes do seu devido encaminhamento para unidades funcionais relevantes;
b) Providenciar cuidados de encaminhamento à doentes necessitando de cuidados diferenciados não existentes no HRMLN;
2- O Departamento dos Serviços de Urgência compreende, designadamente, as seguintes unidades funcionais:
a) Unidade de Emergência, ao qual é atribuída, entre ou-tras, a responsabilidade de providenciar, no âmbito do PBCH, a triagem, o diagnóstico e o tratamento transitório aos doentes, incluindo estabilização e preparação para internamento, intervenção cirúrgicas ou encaminha-mento para o Hospital Nacional Guido Valadares;
b) Unidade de Ambulância e Encaminhamento, ao qual é atribuída, entre outras, a responsabilidade de pro-videnciar, no âmbito do PBCH, cuidados de encaminha-mento de doentes para o Hospital Nacional Guido Valadares;
Artigo 13º
Departamento dos Serviços de Cirurgia, Obstetrícia e Ginecologia
1- São atribuições do Departamento dos Serviços Cirurgia, Obstetrícia e Ginecologia:
a) Prestar os respectivos cuidados especializados, nos termos do PBCH, nas áreas de ambulatório, interna-mento, urgência e no bloco operatório;
b) Providenciar serviços de promoção e educação à saúde consoante as suas especializações clínicas.
2- O Departamento dos Serviços de Cirurgia, Obstetrícia e Ginecologia compreende, designadamente, as seguintes unidades funcionais:
a) Unidade de Cirurgia, ao qual é atribuída, entre outras, a responsabilidade de providenciar, no âmbito do PBCH, o diagnóstico e tratamento cirúrgico nas áreas de ambulatório, urgências e de internamento, incluindo a gestão do bloco operatório do HRMLN e os serviços anestésicos, bem como a promoção e educação à saúde na respectiva área de especialização.
b) Unidade de Obstetrícia e Ginecologia, ao qual é atribuída, entre outras, a responsabilidade de providenciar, no âmbito do PBCH, o diagnóstico e tratamento obstétrico e ginecológico nas áreas de ambulatório, urgências, maternidade, incluindo cesarianas, e internamento, bem como cuidados pré e pós natais às grávidas, e às mulheres em período de puerpério, incluindo educação sobre amamentação e conhecimentos básicos de nutrição.
Artigo 14º
Departamento dos Serviços de Pediatria e Medicina Interna
1- São atribuições do Departamento dos Serviços de Pediatria e Medicina Interna:
a) Prestar os respectivos cuidados especializados, nos termos do PBCH, nas áreas de ambulatório, urgência e internamento;
b) Providenciar serviços de promoção e educação à saúde consoante as suas especializações clínicas.
2- O Departamento dos Serviços de Pediatria e Medicina Interna compreende, designadamente, as seguintes unidades funcionais:
a) Unidade de Pediatria, ao qual é atribuída, entre outras, a responsabilidade de providenciar, no âmbito do PBCH, o diagnóstico e tratamento pediátrico nas áreas de ambulatório, urgência, de internamento e no bloco operatório, bem como a promoção e educação à saúde na respectiva área de especialização, incluindo conhecimentos básicos em nutrição e amamentação.
b) Unidade de Medicina Interna, ao qual é atribuída, entre outras, a responsabilidade de providenciar, no âmbito do PBCH, o diagnóstico e tratamento em medicina interna nas áreas de ambulatório, urgência e internamento, bem como promoção e educação à saúde na respectiva área de especialização.
Artigo 15º
Departamento dos Serviços de Apoio Médico-Clinico
1- São atribuições do Departamento dos Serviços de Apoio Médico-Clinico:
a) Providenciar os respectivos meios complementares de diagnostico e terapêutica, nos termos do PBCH, nas áreas de ambulatório, urgência, internamento e bloco operatório;
b) Providenciar serviços de informação e educação aos utentes consoante as suas áreas de intervenção.
2- O Departamento dos Serviços de Apoio Médico-Clinico compreende, designadamente, as seguintes unidades funcionais:
a) Unidade de Radiologia, ao qual é atribuída, entre ou-tras, a responsabilidade de providenciar, no âmbito do PBCH, o meio complementar de diagnóstico radiológico nas áreas de ambulatório, urgência, de internamento e bloco operatório.
b) Unidade de Laboratório e de Transfusão de Sangue, ao qual é atribuída, entre outras, a responsabilidade de providenciar, no âmbito do PBCH, os meios complementares de diagnóstico laboratorial e de terapia sanguínea nas áreas de ambulatório, urgência, de internamento e bloco operatório.
c) Unidade de Farmácia, ao qual é atribuída, entre outras, a responsabilidade de providenciar, no âmbito do PBCH, os meios complementares de tratamento farmacológico nas áreas de ambulatório, urgência, de internamento e bloco operatório.
d) Unidade de Fisioterapia, ao qual é atribuída, entre outras, a responsabilidade de providenciar, no âmbito do PBCH, os meios complementares de tratamento fisioterapia e de reabilitação física.
Secção II
Serviços de Apoio
Artigo 16º
Departamento de Serviços de Apoio
1- Sem prejuízo do disposto no artigos 31º do Estatuto Hospitalar, e tendo em conta a sua diferenciação, os serviços de apoio do HRMLN agrupam-se no Departamento de Serviços de Apoio, cuja atribuição principal consiste na providência de meios necessários ao funcionamento dos serviços assistenciais.
2- O Departamento de Serviços de Apoio compreende, designadamente, as seguintes unidades funcionais:
a) A Unidade de Esterilização, ao qual é atribuída, entre outras, a responsabilidade de providenciar meios de apoio na área de esterilização de equipamentos e bens consumíveis aos diferentes departamentos de serviços assistenciais;
b) A Unidade de Limpeza e Tratamento de Resíduos, ao qual é atribuída, entre outras, a responsabilidade de manter a limpeza nas dependências do HRMLN, incluindo o regular troco dos lençóis e fronhas dos doentes, providenciando apoio na área de redução de riscos à infecção intra hospitalar bem como a de gerir, nos termos das normas vigentes, os resíduos médicos do HRMLN;
c) A Unidade de Alimentação e Dietética, ao qual é atribuída, entre outras, a responsabilidade de providenciar apoio aos departamentos de serviços assistenciais na área de aconselhamento dietético e supervisão de alimentação fornecida aos doentes;
d) A Unidade de Lavandaria, ao qual é atribuída, entre outras, a responsabilidade de manter bem lavada e limpa toda a roupa do HRMLN e disponibiliza-las à Unidade de Limpeza e de Tratamento de Resíduos para apoio aos departamentos dos serviços assistenciais;
e) A Unidade de Gestão de Residências, Manutenção Geral e Mortuário, ao qual é atribuída, entre outras, a responsabilidade de gerir as residências do HRMLN, gerir a manutenção do património móvel e imóvel afectos ao HRMLN bem como gerir o mortuário do HRMLN;
Secção III
Serviços Administrativos e Financeiros
Artigo 17º
Departamento dos Serviços Administrativos e Financeiros
1. Sem prejuízo do disposto no artigos 32º do Estatuto Hos-pitalar, e tendo em conta a sua diferenciação, os serviços administrativos e financeiros do HRMLN agrupam-se no Departamento de Serviços Administrativos e Financeiros, cuja atribuição principal consiste em assegurar os procedimentos administrativos e financeiros necessários ao funcionamento do HRMLN.
2. O Departamento dos Serviços Administrativos e Financeiros compreende, designadamente, as seguintes unidades:
a) Unidade de Expediente e Arquivo, ao qual é atribuída, entre outras, a responsabilidade de:
· manter um registo actualizado e um arquivo centralizado de correspondências e processos relativos as actividades dos órgãos e departa-mentos do HRMLN, de modo a facilitar consultas posteriores;
· organizar o registo, despacho e recepção de expediente do HRMLN;
· compilar e processar dados referentes aos serviços do HRMLN;
b) Unidade de Gestão do Pessoal, ao qual é atribuída, en-tre outras, a responsabilidade de:
· Manter um registo actualizado e compreensivo do pessoal em serviço no HRMLN;
· Gerir o processo das presenças, faltas, licenças e sanções relacionadas aos funcionários dos HRMLN;
· Instaurar e /ou participar nos processos discipli-nares, nos termos da lei;
· Coordenar a elaboração de funções e tarefas para os funcionários dos diversos órgãos e departa-mentos do HRMLN;
· Processar e/ou coordenar o recrutamento de pessoal para os diferentes órgãos e departa-mentos do HRMLN;
· Preparar documentos contratuais para funcionários temporários e/ou prestadores de serviços profi-ssionais contratados pelos diferentes órgãos e departamentos do HRMLN, e gerir os mesmos contractos;
c) Unidade de Contabilidade e Tesouraria, ao qual é atri-buída, entre outras, a responsabilidade de:
· Preparar o orçamento anual do HRMLN e gerir a sua execução;
· Gerir a tesouraria do HRMLN;
· Preparar os relatórios financeiros nos termos das normas em vigor;
· Manter um arquivo pormenorizado das despesas e receitas do HRMLN;
d) Unidade de Logística e Gestão do Património, ao qual é atribuída, entre outros, a responsabilidade de:
· Manter um registo actualizado e compreensivo dos bens móveis e imóveis afectos aos diferentes órgãos e departamentos do HRMLN, designadamente os meios de transporte, os mobiliários, equipamentos e utensílios electrónicos, equipamentos médicos bem como os edifícios;
· Gerir os armazéns do HRMLN;
· Processar a aquisição de bens, serviços e obras consoante o orçamento afecto ao HRMLN;
· Organizar a requisição de bens móveis, incluindo material e equipamento de secretaria, equipamentos médicos, medicamentos e outros bens consumíveis para consumo do HRMLN;
· Em coordenação com a Unidade de Gestão de Residências, Manutenção Geral e Mortuário, orga-nizar a manutenção e reparação dos bens móveis e imóveis afectos ao HRMLN, designadamente os edifícios, os meios de transporte, os mobiliários, equi-pamentos e utensílios electrónicos, e equipamentos médicos;
Secção IV
Criação e chefia dos departamentos e unidades
Artigo 18º
Criação de novos departamentos e unidades
1- Sempre que necessário, podem ser criados departamentos adicionais, mediante proposta do conselho de administração e aprovação do Ministro da Saúde.
2- Podem igualmente, quando necessário, ser criadas outras unidades funcionais, mediante proposta do chefe de departamento e aprovação do conselho de administração.
Artigo 19º
Chefia dos departamentos e suas competências
1- Cada departamento é chefiado por um chefe de departa-mento nomeado em comissão de serviço pelo conselho de administração, por um período de 3 anos renováveis;
2- O chefe de departamento exerce a sua competência nos termos do estipulado no artigo 29º do Estatuto Hospitalar.
Artigo 20º
Chefia das unidades e suas competências
1- Cada unidade funcional é chefiada por um responsável no-meado pelo conselho de administração, sob proposta do chefe de departamento, por um período de 3 anos.
2- Compete ao responsável da unidade, nomeadamente:
a) Zelar pelo cumprimento das atribuições da respectiva unidade;
b) Gerir os recursos humanos afectos à respectiva unidade, nomeadamente na definição de funções, distribuição interna das tarefas e poder disciplinar;
c) Gerir o património bem como o fornecimento, uso e res-ponsabilização de bens consumíveis afectos à respectiva unidade;
d) Manter um registo compreensivo das actividades da respectiva unidade;
e) Exercer quaisquer outras funções atribuídas pela lei ou delegadas pelo chefe de departamento.
CAPITULO IV
Recursos Humanos e financeiros do HRMLN
Secção I
Recursos Humanos
Artigo 21º
Regimes de trabalho
1- Os funcionários que prestam serviço no HRMLN regem-se pelas normas gerais previstas no Estatuto da Função Pública aprovada pela Lei Nº8/2004, de 16 Junho;
2- O HRMLN pode celebrar contratos com trabalhadores in-dependentes em contratos individuais de trabalho para prestação de serviço;
3- Os profissionais de saúde, independentemente da sua na-cionalidade e regime contratual de trabalho, devem estar todos registados nos termos do Decreto-Lei nº14/2004, de 1 de Setembro, sobre o exercício das profissões de saúde em Timor-Leste
Artigo 22º
Disciplina
1- O poder disciplinar rege-se pelas normas gerais previstas no Estatuto da Função Pública aprovada pela Lei Nº8/2004, de 16 Junho, pelo Código de Disciplina da Profissões de Saúde aprovado em Decreto do Governo nº1/2005, de 31 de Março, e pela lei geral;
2- Sem prejuízo do estipulado no nº1 deste artigo, os funcio-nários e/ou profissionais de saúde em serviço no HRMLN, independentemente da sua nacionalidade e regime contratual devem:
a) Apresentar-se devidamente vestidos e/ou fardados, tendo sempre visível a respectiva identificação durante as horas de serviço e no atendimento aos utentes;
b) Ser pontuais no cumprimento dos horários de serviço e flexíveis às exigências imprevistas de trabalho;
c) Atender os utentes com prontidão, eficácia, delicadeza e humanismo, não sacrificando a prontidão e qualidade da atenção pelo preenchimento de requisitos burocrá-ticos;
d) Observar as regras de confidencialidade e sigilo pro-fissional assegurando a protecção dos dados e informa-ções relativos aos doentes e colegas de serviço;
e) Estar sempre prontos para trabalho em equipa e partilhar o conhecimento com outros colegas de serviço.
Artigo 23º
Avaliação do desempenho
1- Sem prejuízo do estipulado nas normas gerais de avaliação e desempenho, os funcionários em serviço no HRMLN, são avaliados na sua produtividade e disciplina em função dos objectivos dos HRMLN e responsabilidades atribuídas à unidade em que trabalha bem como do estipulado no artigo 19º.
2- A avaliação de desempenho é feita de forma contínua pelos superiores imediatos e de forma regular conforme estipulado nas normas gerais.
Secção II
Recursos Financeiros
Artigo 24º
Gestão dos recursos financeiros
1- Constituem receitas do HRMLN o estipulado no nº2 do ar-tigo 35º do Estatuto Hospitalar.
2- A cobrança de receitas rege-se pelo Diploma Ministerial Nº2/2006 de 15 de Fevereiro.
3- A gestão dos recursos financeiros rege-se pelo disposto nas alíneas c) d) e e) do artigo 5º do Estatuto Hospitalar.
CAPITULO V
Parcerias inter-institucionais
Artigo 25º
Colaboração com instituições congéneres e instituições de ensino superior
1- O HRMLN mantém estreita colaboração com o Hospital Nacional Guido Valadares e equipas médicas especializadas do estrangeiro que tenham acordos estabelecidos com o Ministério da Saúde, nomeadamente na prestação de serviços especializados não providenciados regularmente no HRMLN, bem como com instituições de ensino superior para formação e investigação na área de saúde, privilegiando as relações com a Universidade de Timor Lorosae e o Instituto de Ciências de Saúde.
2- A colaboração prevista no número anterior é objecto de protocolos de articulação elaborados entre as partes interessadas.
Artigo 26º
Voluntariado
O HRMLN é aberto ao estabelecimento de parcerias com instituições ou indivíduos trabalhando na área do voluntariado especifico de prestação de cuidados diferenciados não existentes no HRMLN bem como nos serviços sociais, mediante acordos estabelecidos entra as partes interessadas.
CAPITULO VI
Disposições finais e transitórias
Artigo 27º
Remissões
As remissões para diplomas legais e regulamentares feitas no presente regulamento considerar-se-ão efectuadas para aqueles que venham a regular, no todo ou em parte, as matérias em causa.
Artigo 28º
Regulamentação complementar
1- Compete ao conselho de administração do HRMLN emitir ou autorizar a regulamentação e instruções complementares que se mostrem necessárias para aplicação do presente regulamento, com homologação superior quando necessário.
2- O referido no número anterior pode ser emitido em forma de, entre outros:
a) Despacho do presidente do conselho de administração, quando se trata de matéria de exclusiva competência do presidente do conselho de administração, incluindo nomeações e transferências aprovadas pelo conselho de administração;
b) Circular do conselho de administração, assinado pelo presidente, quando se trata de assuntos normativos ou instruções que necessitam de divulgação tanto a nível hospitalar, como para a comunidade e os utentes;
c) Directriz, assinada pelo presidente do conselho de ad-ministração, quando se trata de instruções ou protocolos técnico administrativos para uso interno no HRMLN;
d) Manual, assinado pelo presidente do conselho de ad-ministração, quando se trata de instruções ou protocolos técnico clínicos para uso interno do HRMLN;
Artigo 29º
Entrada em vigor
Este regulamento interno entra em vigor com efeitos reportados à data da aprovação.
Elaborado e submetido à aprovação de S.E. o Sr Ministro da Saúde em Maliana aos 9 dias do mês de Fevereiro de 2008.
O presidente do conselho de administração
(Dr Vitorino Bere Talo)
Aprovado pelo Ministro de Saúde em Maliana, aos 9 dias de Fevereiro de 2008
(DR Nelson Martins, MD,MHM,PhD)
Ministro
ANEXO: Organograma do Hospital de Referência de Maliana